segunda-feira, 20 de agosto de 2007

AVES

Como o rumor do mar dentro de um búzio
O divino sussurra no universo
Algo emerge: primordial projecto

Sophia de Mello Breyner


Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Alberto Caeiro

7 comentários:

avelaneiraflorida disse...

Papagueno, BOM DIA!

Esta conjugação de imagens e poemas só pode dar isso mesmo: UM BOM DIA!!!!!!
"BRIGADOS"....
Bjks

amigona avó e a neta princesa disse...

A porta estava aberta e eu - entrei!

Adorei o espaço...boa semana...

papagueno disse...

Olá Amigona, a porta está sempre aberta, entrem quando quiserem.
beijinhos para a avó e neta.

wind disse...

Excelente post! Prabéns:)
Beijos

Belzebu disse...

Que posso eu dizer, depois de ler Sophia e Caeiro? Rendo-me...completamente!

Um abraço infernal!

João Roque disse...

Embora não seja um admirador de pássaros, pelo menos ao perto (há fobias que não se explicam), não sou insensível à foto de um belo pavão enfunado, e principalmente no meio de poetas que me são tão queridos.
Abraço.

fatimablogspot.com disse...

As fotos estão mesmo mimosas, os poemas vibrantes. GOSTEI!!!

Parabéns!

Bjs