quarta-feira, 26 de março de 2008

OS MUNDOS DE PRADO

Fez, Marrocos

Vaticano

Slavonice, Rep. Checa

Santiago de Compostela, Galiza - Espanha

Nápoles, Italia

Languedoc, França

Lancaster, Pensilvania - USA

Kyoto, Japão

Cabo Sunion, grécia

Berlim, Alemanha

Baltimore, USA

Ilustrações: Miguelanxo Prado

segunda-feira, 24 de março de 2008

LIBERDADE

FLY AWAY

"Pode acreditar
Eu agora sei voar"

sábado, 22 de março de 2008

LAZARUS


As the cheerless towns pass my window
I can see a washed out moon through the fog
And then a voice inside my head breaks the analogue
And says

"Follow me down to the valley below
You know
Moonlight is bleeding from out of your soul"


Porcupine Tree
"Deadwing"( 2005)

CANTIGA DE AMOR


Preferias que cantasse noutro tom
Que te pintasse o mundo de outra cor
Que te pusesse aos pés um mundo bom
Que te jurasse amor, o eterno amor

Querias que roubasse ao sete estrelo
A luz que te iluminasse o olhar
Embalar-te nas ondas com desvelo
Levar-te até à lua para dançar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Talvez até pudesse dar-te mais
Que tudo o que tu possas desejar
Não te debruces tanto que ainda cais
Não sei se me estás a acompanhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Podia, se quisesses, explicar-te
Sem pressa, tranquila, devagar
E pondo, claro está, modéstia à parte
Uma ou duas coisas, se calhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Rádio Macau

sexta-feira, 21 de março de 2008

CEZARINY NO DIA MUNDIAL DA POESIA


Para os lábios
que o homem faz
que atraem beijos
ao redor do mundo
ficou a nossa memória
em qualquer parte a qualquer hora
um pedaço
de pão

Promessa
que se cumpre
que alimenta
o mundo

Olhos
a exigir
uma floresta

Mário Cesariny
"Pena Capital"
Imagem: Jan Saudek

quarta-feira, 19 de março de 2008

INCUBADORA


Era tão pequena a mão que
Nem o seu dedo mindinho

Conseguia agarrar. Pesava
Quinhentos gramas e respirava

Sem ajuda do ventilador
O coração de sua mãe quase

Que não batia com receio de
Que ele sufocasse sob o peso

Do seu amor.

Jorge Sousa Braga
"A Ferida Aberta"

Este poema fala de uma mãe, mas a mão da imagem é de um pai. Não gosto muito destas datas instituídas mas dedico este poema ao meu pai, ele merece.

ADEUS ARTHUR CLARKE


Arthur C. Clarke (1917-2008)

Com ele sonhei com caveiras de cristal e com civilizações perdidas. Com ele conheci os grandes mistérios do planeta. Ele parte agora em busca do maior mistério da humanidade. Que pena já não o poder partilhar connosco.

Escrito em 1948, "The Sentinel", foi o pequeno conto que Kubrick levou ao cinema em 1968 e se tornou uma das maiores obras primas do cinema.

domingo, 16 de março de 2008

AMEI...


Amei. E quem é que não amou?
Dei-me a todos os prazeres;
Quem é que ao prazer se nega?
- Sim, jamais um prazer se rejeitou!

Mas, acabei.

Depois da juventude
Vem a idade madura,
- Tudo nos sabe a derrota.

Meus cabelos foram loiros
Como aqueles - de entre tantos que beijei,
Como aqueles que eu prefriro!

Nem a vida me conhece.

Cantei. Agora, suspiro.

António Botto
"As Canções"
Imagens: Maria José Amorim, Olhares.com

UMA MENSAGEM PELO TIBETE

QUANDO LISBOA ESCURECE


Quando Lisboa escurece
E devagar adormece
Acorda a luz que me guia
Olho a cidade e parece
Que é de tarde que amanhece
Que em Lisboa é sempre dia
Cidade sobrevivente
de um futuro sempre ausente
de um passado agreste e mudo
Quanto mais te enches de gente
Mais te tornas transparente
Mais te redimes de tudo
Acordas-me adormecendo
E dos sonhos que vais tendo
Faço a minha realidade
E é de noite que eu acendo
A luz do dia que aprendo
Com a tua claridade

Olho a cidade e parece
Que é de tarde que amanhece
Que em Lisboa é sempre dia
Cidade sobrevivente
de um futuro sempre ausente
de um passado agreste e mudo
Quanto mais te enches de gente
Mais te tornas transparente
Mais te redimes de tudo
Acordas-me adormecendo
E dos sonhos que vais tendo
Faço a minha realidade
E é de noite que eu acendo
A luz do dia que aprendo
Com a tua claridade

Poema: Manuela de Freitas
Música: José Mário Branco
Voz: Camané
Foto: Papagueno

sábado, 15 de março de 2008

EU JÁ SONHO COM ELA


I Dream of Spring

She arrives like autumn in a rainstorm
The threat of thunder above
I'll return from the streets of Melbourne
I'll return my love

This is world is filled with frozen lovers
The sheets of their beds are frightfully cold
And I've slept there in the snow with others
Yet loved no others before

These cold dark places
Places I've been
In cold dark places
I dream of spring

This world is filled *with* frozen lovers
The sheets of their beds are frightfully cold
And I've slept there in the snow with others
Yet loved no others before

These cold darks places
Places I've been
In cold dark places
I dream of spring

In cold dark places
I dream of spring

K.D. Lang, Watershed - 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008

BERÇO DE OURO


Conseguem descobrir quem é esta criança? É alguém que antes de saber que era sportinguista já gostava de felinos.

Vejam tudo no Berço de Ouro.

O conceito é giro, mandem também as vossas fotos.

quarta-feira, 12 de março de 2008

SPLEEN



Procuro a alma esquecida
neste mar de gente
passa a vida num repente

Imagem: José Vaz Meneses, 1000 Imagens

terça-feira, 11 de março de 2008

TAMBÉM PARA REFLECTIR

GUERRAS DE COMIDA


As guerras americanas, desde a II Guerra Mundial até aos dias de hoje. Cada alimento simboliza uma nação.
Mais aqui: Food fight
Via: Arrastão

domingo, 9 de março de 2008

COM UMA VIAGEM NA PALMA DA MÃO


Agarras-te à hora
Em que o tempo não passou
Mergulhas nas cores
Que a loucura te emprestou
E quando te vês para lá do espelho
Encontras a solidão

Descobres o Mundo
De quem tem pouco a perder
E sobes às estrelas
Que ontem não podias ver
E perdes o medo de estar só
No meio da multidão

Tradições
Atrás de contradições
Fizeram-te abrir os olhos
Podes dizer:
Eu... sou

Jorge Palma
Imagem: Tatiana Parcero

sexta-feira, 7 de março de 2008

"S'TORES"....


...ENCHAM BEM A CAPITAL COM O VOSSO GRITO!

quinta-feira, 6 de março de 2008

DINÂMICA SUBTIL


Num ponto qualquer
sensualmente subtil
algo que antes não servia para nada
irradia agora habitada surpresa

António Ramos Rosa

terça-feira, 4 de março de 2008

A GUITARRA DEIXOU DE CHORAR


Jeff Healey (1966-2008)

Foram 40 anos a lutar contra o mesmo cancro que lhe levou a vista quando tinha apenas um ano de idade.
Felizmente o ser humano tem essa fantástica capacidade de transformar em forças as suas fraquezas e na adolescência Jeff já era um virtuoso da guitarra.
Aos 41 anos a sua guitarra deixou de chorar.

EU NASCI EM 1931 NO DECURSO DA LEITURA SILENCIOSA DE UM POEMA


"O que sentimos fisicamente com o sexo que temos, o que as imagens
vêm procurar em nós,
não é o sexo que praticamos,
é a vibração pelo vivo e pelo novo. Chamei-lhe fulgor porque
é assim que sinto"

"Onde Vais, Drama-Poesia?"
Relógio d' Água, 2000

Maria Gabriela Llansol (1931-2008)

domingo, 2 de março de 2008

CREIO NOS ANJOS QUE ANDAM PELO MUNDO



creio nos anjos que andam pelo mundo,
creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;

creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu futuro que houve dantes,

creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,

creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. amém.

Natália Correia



«All I see turns to brown, as the sun burns the ground
And my eyes fill with sand, as I scan this wasted land
Trying to find, trying to find where I've been.»


"Kashmir", Led Zeppelin
Fotos: Steve McCurry