Quando se diz que o Sporting é um clube das elites, isso também tem muito a ver com o facto de ter adeptos e simpatizantes intelectuais como EPC, sem pejo de assumir que gostam de futebol e que têm um clube. EPC não tinha preconceitos pseudo-intelectuais. Era capaz de escrever sobre o “nosso” Sporting e, mesmo assim, ser lido por quem detesta futebol. Porque quando escrevia sobre futebol abordava o fenómeno como uma pessoa normal, com coração, cabeça e estômago. Também por isso, sendo um homem assumidamente de esquerda, chegando, às vezes, a escrever como se de um “spin doctor” do PS se tratasse, era lido e respeitado em todos os quadrantes políticos. Desde a fundação do jornal “Público”, em 1990, EPC escrevia diariamente sobre as grandezas e as misérias da cultura, da política e da sociedade portuguesas, a partir dos episódios do quotidiano. Tinha amigos de estimação. E inimigos também. Como qualquer ser humano marcante e perene.
Lamento muito que, no meu tempo de vida adulta, tenha visto desaparecer o pai e, agora, o filho. Eduardo Prado Coelho é daqueles intelectuais portugueses com os quais sempre me foi fácil sintonizar, como por exemplo com Eduardo Lourenço. São homens íntegros, sinceros e honestos que não vergam os assuntos estudados ou abordados ao simples fluir das suas opiniões ou meras convicções. A cultura portuguesa em geral e a área das letras em particular volta a ficar mais pobre. Mais órfã. Resta-nos o muito da sua obra...
Estando fora do país, só agora tomei conhecimento do falecimento de EPC, que me habituei a ler na sua coluna do "Público". É mais um vulto da intelectualidade portuguesa que desaparece; o país ficou mais pobre.
8 comentários:
Parabéns pela decoração renovada do Bairro!
Gostei muito!!!
Obrigado pelo tributo ao meu Professor. Ficámos mais mortais...
Passa no Flor: gostava que aceitasses o Certificado que te ofereço.
Um beijo
Quando se diz que o Sporting é um clube das elites, isso também tem muito a ver com o facto de ter adeptos e simpatizantes intelectuais como EPC, sem pejo de assumir que gostam de futebol e que têm um clube. EPC não tinha preconceitos pseudo-intelectuais. Era capaz de escrever sobre o “nosso” Sporting e, mesmo assim, ser lido por quem detesta futebol. Porque quando escrevia sobre futebol abordava o fenómeno como uma pessoa normal, com coração, cabeça e estômago. Também por isso, sendo um homem assumidamente de esquerda, chegando, às vezes, a escrever como se de um “spin doctor” do PS se tratasse, era lido e respeitado em todos os quadrantes políticos. Desde a fundação do jornal “Público”, em 1990, EPC escrevia diariamente sobre as grandezas e as misérias da cultura, da política e da sociedade portuguesas, a partir dos episódios do quotidiano. Tinha amigos de estimação. E inimigos também. Como qualquer ser humano marcante e perene.
R.I.P.
Beijos
Não era especialmente apreciadora da sua escrita, o que não impede que reconheça que o panorama literário português tenha perdido mais uma voz...
Um Bom FIm de SEmana...sem muita chuvinha!!!
Bjks
A Cultura ficou mais pobre.
Lamento muito que, no meu tempo de vida adulta, tenha visto desaparecer o pai e, agora, o filho.
Eduardo Prado Coelho é daqueles intelectuais portugueses com os quais sempre me foi fácil sintonizar, como por exemplo com Eduardo Lourenço. São homens íntegros, sinceros e honestos que não vergam os assuntos estudados ou abordados ao simples fluir das suas opiniões ou meras convicções.
A cultura portuguesa em geral e a área das letras em particular volta a ficar mais pobre. Mais órfã. Resta-nos o muito da sua obra...
Foi pena. Era uma pessoa que admirava. A cultura posrtuguesa perde mais uma figura importante.
Abraço do Corcunda.
Estando fora do país, só agora tomei conhecimento do falecimento de EPC, que me habituei a ler na sua coluna do "Público". É mais um vulto da intelectualidade portuguesa que desaparece; o país ficou mais pobre.
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