Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
Sophia de Mello Breyner
8 comentários:
"A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,"
Muito Bonito. Bom fim de semana
Belo poema de Sophia!
E uma bela imagem...
Um Abraço
Desculpa apaguei o que escrevi antes porque me baralhei.
Li melhor o poema e não era nada do que tinha escrito.
Este poema é lindo!:)
beijos
Sophia, SEMPRE!
Bom fim de semana!
Bjks
Tens essa forma tão tua de escolher os mais belos poemas e de os ilustrar com a foto exacta para eles. Jokitas, amigo.
não se consegue dizer muito, depois dela...*
Nunca acordes desse sonho. Um beijo.
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