Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Imagem: grENDel,
Olhares.com
7 comentários:
"Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte."
esta sempre foi a minha parte favorita deste poema***
E que doce é saborear estas palavras inesperadas e sempre novas. A paz do sentir os sentidos das palavras. Obrigado.
Adoro este poema:)
Beijos
O'Neill!!!!
ESTÁ TUDO DITO!!!!
Porque há "PALAVRAS QUE NOS BEIJAM"...
Deixo o meu BJ.
Há palavras que nos beijam...
bonito começo de um poema. Efectivamente as palavras podem ser comparadas a gestos e actos humanos. Há palavras que nos agrada, nos magoam, nos descobrem, por isso há PALAVRAS QUE NOS BEIJAM...
um abraço
António
O que há fora das palavras?
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