Coimbra, 31 de Dezembro de 1989
Esperança
O poema quer nascer das trevas.
Está nas palavras, e não as sei.
É como um filho que não tem caminho
No ventre da mãe.
Dói,
Dói,
Mas a negar-me teimosamente
A todos os acenos libertadores
Do desespero dilacerado.
No silêncio cansado
E paciente
Canta um galo vidente.
E diz que cada dia
Que anuncia
É sempre um dia novo
De renovo
E poesia.
Miguel Torga
Poesia Completa
Publicações D. Quixote
Imagem: Banksy, Stencil art
8 comentários:
Não conhecia este poema. Hoje fiquei mais rica. Obrigada.
Deixo-te um beijo de boa noite, ando atrasada nas visitas :(
beijinhos
Amigo papagueno,
Peço desculpa por este lapso meu. Mas já foi corrigido. Já coloquei a alusão ao teu blogue CINEMA PARAÍSO, como um dos blogues que me nomeou.
Desculpa lá meu amigo! Foi sem intenção.
Um grande abraço
Pois é, meu Amigo, estamos no Verão, e isso significa muita agitação.
Foi assim que a minha última semana se passou - é só eventos importantes; o lançamento do 1º livro do Amigo Augusto, do blog Klepsidra;
a exposição de pintura da Amiga Margusta e, para a semana terminar em beleza, queria muito ir ao lançamento do livro do Amigo Mário...mas, não vai dar, pois é em Vila Nova de Gaia.
Depois de ter recebido os convites...decidi pôr-me a caminho.
Fui conhecer o bar/restaurante Ondajazz - Travessa Arco de Jesus,7 - Campo das Cebolas.
Venham comigo a uma espécie de visita guiada.
Boa semana. Abraços.
E os Anos 80 e duram e duram...
sim, são precisos dias de poesia...*
E a Esperança, e o Miguel e esse poema
Adorei
Um beijinho :))))
"Esperança", algo que nunca devemos de perder... Motivadora de um amanhã melhor... :)
Bjs!
gostei da agonia subjacente ao poema com a imagem do balão que se desprende como o poema que quer sair, e elevar-se
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