Cesariny encontra Rodrigo Leão, LINDO!
O NAVIO DE ESPELHOS
O navio de espelhos
não navega cavalga
Seu mar é a floresta
que lhe serve de nível
Ao crepúsculo espelha
sol e lua nos flancos
Por isso o tempo gosta
de deitar-se com ele
Os armadores não amam
a sua rota clara
(Vista do movimento
dir-se-ia que pára)
Quando chega à cidade
nenhum cais o abriga
O seu porão traz nada
nada leva à partida
Vozes e ar pesado
é tudo o que transporta
(E no mastro espelhado
uma espécie de porta)
Seus dez mil capitães
têm o mesmo rosto
A mesma cinta escura
o mesmo grau e posto
Quando um se revolta
há dez mil insurrectos
(Como os olhos da mosca
reflectem os objectos)
E quando um deles ala
o corpo sobre os mastros
e escruta o mar do fundo
Toda a nave cavalga
(como no espaço os astros)
Do princípio do mundo
até ao fim do mundo
Mário Cesariny
Visto no Planeta Sagrado
7 comentários:
Um dos poemas FANTÀSTICOS de Cesariny!!!!!!
Logo...não podia ser melhor a escolha!!
Bjks
Lindoooooooooo!
Vou-te roubar já sabes para onde:)))
Beijos
o Cesariny devia ser considerado Património da Humanidade...***
:)
como a música e o poema se conjugam tão bem. está tudo de parabéns, inclusive que o leu. bjinhos :)
maravilloso, entre el poema y la musica que deja solo decirte hermoso querido amigo
los poemas de Cesariny son bellos y la musica de Rodrigo Leao es hermosa
curioso es que aca nunca ha llegado nada de su musica y por la net no he podido bajar nada de el tambien y me gusta mucho
besitos y hermoso trabajo
un lindo fin de semana y que estes muy bien
besos y sueños
Homenagem merecida, a Mário Cesariny.
Belo poema!
Um abraço
Reler o Cesariny e sempre um momento de regozijo...
uma abraço
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