quinta-feira, 31 de maio de 2007

MUSEU NACIONAL DA MÚSICA


Hoje de manhã tive o prazer de disfrutar de uma bela manhã com uma boa amiga. Fomos até ao Museu da Música, que eu não conhecia. E vocês por aí, será que já conhecem o museu da música?

O Museu da Música possui uma colecção onde se reúnem mais de mil instrumentos musicais dos séculos XVI a XX, sobretudo europeus, mas também africanos e asiáticos, de tradição erudita e popular.

A grande parte deste acervo provém das antigas colecções de Michel’angelo Lambertini, Alfredo Keil e António Lamas. Dele fazem parte instrumentos raros e de incalculável valor histórico e organológico sendo particularmente notável pela quantidade e qualidade de instrumentos de factura portuguesa, espécimes pouco abundantes em museus congéneres.
A colecção integra alguns exemplares únicos como os corne ingleses de Grenser e de Grundman & Floth (Leipzig, final do século XVIII) e de Ernesto Frederico Haupt (Lisboa, meados do século XIX); de extrema raridade, como o oboé de Eichentopf (Leipzig, segundo quartel do século XVIII); ou de enorme valor organológico, como é o caso do cravo de Pascal Taskin.


Entre os exemplares de factura portuguesa são de destacar o cravo de Joaquim José Antunes (Lisboa, 1758), os clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses, os violinos e violoncelos de José Galrão (activo em Lisboa entre 1760 e 1794), as flautas transversais da "dinastia" Haupt (meados do século XVIII a finais do século XIX), as cornetas e trombones de Rafael Rebelo (Lisboa, 1875), o órgão de Joaquim Fontanes (finais do século XVIII) e as guitarras de Domingos José Araújo (Braga, 1812).

Vários exemplares são importantes como memorial dos seus possuidores, personalidades de relevo na vida pública e cultural portuguesa e europeia. São caso disso o piano (Boisselot & Fils) que Franz Liszt trouxe de França em 1845, a trompa de Marcel-Auguste Raoux, construída para Joaquim Pedro Quintela, 1.º Conde de Farrobo, o violoncelo de António Stradivari, que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís, e o violoncelo de Henry Lockey Hill, que pertenceu à violoncelista Guilhermina Suggia.

Outros são bastante curiosos, como os violinos portáteis (de algibeira), usados pelos professores de dança, a flauta de cristal e prata, as flautas bengala, o melofone de Jean Louis Olivier Cossoul ou as trombetas marítimas.
Este museu fica mesmo à saída da estação de Metro do Alto dos Moinhos, está a dois passos do Estádio da Luz e a um pulinho do maior centro de consumo da capital; o centro comercial Colombo. Ainda assim durante a manhã só vi por lá dois ou três visitantes.
Por isso pessoal, toca a visitar os nossos museus! Parece que os portugueses só enchem os seus espaços museológicos qundo se fazem raves pela noite fora.

5 comentários:

wind disse...

Xiiiiiiiiiiiiiiii não sabia que existia, confesso. Deve ser uma maravilha:)
Beijos

CORCUNDA disse...

Uma excelente dica! Ainda para mais, pode juntar-se o útil ao agradável, já que o museu fica próximo da Catedral...
Abraço.

papagueno disse...

Pois essa da catedral é que eu não sei, só se for a da cerveja. essa sim.
Um abraço bem verdinho.

Wind, olha que merece a pena conhecer.
beijocas sportinguistas e músicais.

Maria Romeiras disse...

E também dizem que tem umas exposições temporárias interessantes e uns concertos. Concordo com o Corcunda, a vizinhança é simpática. :o)

papagueno disse...

Que vizinhança falas Mary? Será o Colombo?
:)