UM THINKING BLOGGER E UM MEME

Olá meus amigos, peço desculpa por esta breve ausência mas motivos de ordem técnica privaram-me da vossa companhia por estes dias.

Quero aproveitar para agradecer à Freyja por me ter agraciado com mais um Thinking Blogger.

Minha amiga estou muito grato por esta honra, agora, vais-me desculpar mas já fiz seguir Thinking Bloggers por duas vezes. Se não levares a mal não o vou voltar a fazer, pelo menos não tão cedo.
Muchas Gracias e besitos para ti.

É também com algum atraso que respondo ao MEME enviado pela minha amiga XRéis e a outro enviado pelo Ludovicus.
A idéia deste MEME é divulgar um lugar que eu considere, muito especial em Portugal. Esta idéia nasce da vontade de mostrar lugares mágicos do planeta e falar das emoções que se produzem ao vê-los.

Escolhi por isso falar da terra que me acolheu aos quatro anos quando vim de Angola:

FREIXO DE ESPADA À CINTA

A povoação de Freixo existia nos primeiros tempos da independência de Portugal, marcando a fronteira a oeste do Rio Douro. Por essa razão, visando fomentar o seu povoamento e defesa, D. Afonso Henriques (1112-1185), outorgou-lhe foral desde 1152 (ou 1155-1157), confirmado em 1246. Acredita-se que remonta a esse período tanto a construção do castelo quanto o privilégio de couto e homízio (exceto para os crimes de aleive e traição), que seria limitado por D. João I (1385-1433), em 1406, a apenas três vilas no reino, entre as quais esta de Freixo.

De: Wikipédia.

A origem do nome da povoação está envolta em muitas lendas, uma delas atribui o nome a um cavaleiro visigodo de nome Espadacinta, ou então ao brasão de um fidalgo que continha um freixo com uma espada.

A lenda mais interessante perde-se no tempo e tem várias versões, numa delas conta-se que um cavaleiro cristão acossado por um grupo de assaltantes resolve-se esconder por detrás de um enorme freixo que, no cimo, de uma colina dominava a paisagem. O aflito ginete teve então a brilhante idéia de colocar a sua espada à cinta da enorme árvore. Como a noite já a cair a dita árvore adquiriu um aspecto fantasmagórico e assustador que pôs em fuga os supersticiosos perseguidores.

Entre os monumentos da terra destaca-se a imponente Torre Heptagonal, também conhecida por Torre do Galo, a única coisa que resta do antigo castelo. O seu Pelourinho em estilo manuelino está entre os mais elegantes do país, e no seu capitel conserva ainda as ferragens originais, ou pelo menos conservava, pois há muito que não vou lá. Por fim a lindíssima Igreja Matriz, local onde este empedernido agnóstico fez a sua primeira comunhão. Ideais religiosos à parte, esta igreja é uma extraordinária obra de arte mandada construir pelo "Venturoso" Rei D. Manuel. O seu aspecto exterior, bastante austero, esconde autênticas maravilhas como um púlpito em ferro forjado, único no país. Além da tradicional talha dourada barroca a igreja é decorada por 16 maravilhosas tábuas com imagens da Paixão de Cristo atribuídas ao Mestre Grão Vasco.

Ao visitar aconselho uma ida à praia fluvial da Congida, ali banhada pelas águas do Douro com Espanha a espreitar da outra margem. Depois é só subir até ao magnífico Penedo Durão, e disfrutar da fabulosa paisagem; olhando para baixo pode-se ver o Douro serpenteando pelo meio dos montes e as aves de rapina a pairar lá em baixo.

Por fim não percam também a misteriosa Calçada de Alpajares.

Termino com as belas palavras do mais ilustre filho da terra:

Ai, há quantos anos que eu parti chorando
deste meu saudoso, carinhoso lar!...
Foi há vinte?... Há trinta?... Nem eu sei já quando!...
Minha velha ama, que me estás fitando,
canta-me cantigas para me eu lembrar!...

Guerra Junqueiro

Peço desculpa à XRéis e ao Ludovicus mas também não vou reenviar o desafio, deixo aqui para quem estiver disposto a dar-lhe seguimento.