Quando vir vaguear o corpo da noite
dançante, por entre os cascos da bruma,
virei até à janela que se despenha
no jardim das palavras.
Pedirei à sombra que me conceda ainda o verso
o verso sujo, lâmina ou centelha
ateando a manhã, entre o café
e este lume do silêncio,
a arder pela flor da giesta.
Não mais cantar senão o ar
ou as mãos que poisam, tão quietas
detentoras de incerteza, apenas.
Ficar assim, no olhar destas vidraças
onde julgo ver a vida que sonho ser
Maria João Cantinho
7 comentários:
Excelente!!!!
Um poena e uma foto BRILHANTES!!
Um bom dia para ti!
Bjks
Bem devo dizer que a foto é um bocadinho estranha.... hehe assim fico com medo de ir à praia
Muito forte!
Beijos
Carregado de sentimento. Forte mesmo, mas gostei.
Beijinhos
Muito Bom...
Um abraço e bom Fim de semana
Meu amigo...belíssimo poema!
Gostei muito deste poema. Em especial deste último verso onde diz:
"Não mais cantar senão o ar
ou as mãos que poisam, tão quietas
detentoras de incerteza, apenas.
Ficar assim, no olhar destas vidraças
onde julgo ver a vida que sonho ser"
Sublime!
Abraço meu amigo
A poesia é uma excelente arte para descrever pensamentos de forma muito elevada gostei muito da ideia " onde vejo a vida que julgo ser". A fotografia é muito bonita e em meu ver acasala-se muito bem com o poema.
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