Toma-me pouco a pouco o delírio das cousas marítimas,
Penetram-me fisicamente o cais e a sua atmosfera,
O marulho do Tejo galga-me por cima dos sentidos,
E começo a sonhar, começo a envolver-me do sonho das ágoas,
Começam a pegar bem as correias-de-transmissão na minh'alma
E a aceleração do volante sacode-me nítidamente.
Chamam por mim as ágoas,
Chamam por mim os mares.
Chamam por mim, levantando uma voz corpórea, os longes,
As épocas marítimas todas sentidas no passado, a chamar.
Alberto Caeiro, excerto da "Ode Marítima"
HOMEM LIVRE, TU SEMPRE GOSTARÁS DO MAR
Charles Baudelaire
2 comentários:
IMAGENS FABULOSAS!!!!!!
Os mistérios e a sensibilidade da via marinha!!!!
BJks
Amigo papagueno,
Fotos muito boas... ao mar...ao mar...
Lindíssimo!
:-) Beijinhos
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