Paris, 5 de Novembro de 1977, René Goscinnyfoi ao médico fazer uma prova de esforço. Pedalava na bicicleta quando o seu coração o traiu. Com apenas 51 anos morria um dos melhores argumentistas da banda desenhada francófona, criador e co-criador de heróis como Astérix, Lucky Luke, Iznogoud, Humpá-Pá, Signor Spaghetti e o Menino Nicolau.
«Je ne suis pas moraliste, je ne donne pas de leçons, je n'ai jamais pu me prendre au sérieux, et j'aime faire rire.»
René Goscinny(1926-1977)
Il Signor Spaghetti estreou-se a 16 de Outubro de 1957 na Revista Tintin com textos de Goscinny e desenhos de Attanasio.
Spaghetti é um simpático senhor italiano que veste sempre um fato preto com lacinho ao pescoço. A única coisa que pretende é um meio honesto e sossegado de ganhar a vida. O pior é que está sempre a encontrar o seu primo Prosciutto que é um verdadeiro desastre ambulante.
Infelizmente esta séie está practicamente esquecida em Portugal.
Humpá-Pá estreou-se em 1958 na Revista Tintin. Tem como argumentista Goscinny e Uderzo como desenhador.
Iznogoud, o Grão-Vizir que quer ser "Califa no Lugar do Califa", nasceu em 1962, a partir da imaginação de Goscinny e da pena do desenhador Jean Tabary. Iznogoud, que lido em inglês soa como "he's no good" ou "ele não presta". É mesmo assim, o ignóbil vizir não olha a meios para derrubar o simpático mas muito mandrião Califa Haroun El Poussah.
Lucky Luke, o cowboy mais rápido que a própria sombra não precisa de apresentações. Toda a gente conhece o cowboy solitário e o seu fiel companheiro Jolly Jumper, o cavalo falante. Com Luke contracenam os terríveis irmãos Dalton e Rantanplam, o cão mais estúpido de todo o oeste.
Em 1983, já depois da morte de Goscinny, o desenhador Morris substitui o tradicional cigarro de Luke por uma mais politicamente correcta palhinha.
Lucky Luke foi adaptado ao grande ecrã, numa versão pouco feliz com Terence Hill no papel do cowboy solitário.
Quem também não precisa de apresentações é Astérix, o pequeno gaulês, que ajudado pelo seu amigo Obélix, o cachorrinho Ideafix e pela poção mágica de Panoramix, o druida, combate a ocupação romana da Gália.
A pequena aldeia dos irredutíveis é liderada por Abraracourcix, o corajoso chefe que só tem medo de uma coisa; que o céu lhe caia em cima da cabeça... Bem, por vezes também receia a fúria da mulher Caralinda.
Assurancetourix é o bardo, que, pelo que se diz tem uma voz de fugir que provoca terríveis tempestades na floresta. O pobre bardo é constantemente assediado por Cetatautomatix(C'est automatique), o ferreiro que também embirra constantemente com Ordralfabetix(Ordre alphabétique), o comerciante de peixe da aldeia. Finalmente só faltava Agecanonix, o habitante mais velho da aldeia.
Em Astérix também há outros personagens recorrentes como o próprio Júlio César, Cleópatra e os muito azarados piratas, que são uma espécie de homenagem à serie "O Filho do Barba Ruiva" criada por Charlier.
5 comentários:
Papagueno Amigo,
Antecipaste-te e muito bem!!!!
Também queria deixar a minha homenagem ao talento e humor de Gosciny!!!!
Excelente, como só tu fazes, esta sequência de elementos tão pertimentes!!!!!
"Brigados" por este post!
BJKS
Merecida homenagem pelo legado que nos deixou. Um Abraço e Boa Semana
O que eu adorava todas estas bandas desenhadas! E adoro, mesmo com os meus 200 anos!
Quando era menos idoso coleccionava livros de todos estes heróis e também a Revista Tintin, editada pela Bertrand (não sei se a revista ainda existe) que trazia várias histórias de diversos autores. Curiosamente nunca comprei nenhuma, tinha um amigo meu que era sobrinho de uma funcionária da Bertrand e que por tal me arranjava os fascículos.
Ainda hoje guardo religiosamente essas revistas já amarelecidas pelo tempo.
De todos, os meus preferidos foram sempre o Astérix, o Blake & Mortimer, o Takatakata, o Spaghetti e claro o Tintin.
Saudações do Marreta e obrigado por me teres feito recordar estes heróis que a minha memória irá guardar para sempre e que estão ligados aos melhores tempos da minha infância e adolescência.
Olá Marreta, para grande desgosto meu a revista já não existe. De vez em quando ainda se encontram alguns volumes nos alfarrabistas. Foi com a Tintin que eu entrei no universo da BD, lembro-me bem do Spaghetti, do Mr. Clifton e claro do Lucky Luke e do Astérix. Seria bom que alguém se lembrasse de editar essas séries antigas.
Um abraço.
ó marreta, pelos vistos eu tb sou centenária como tu já k tenho essas revistas todas. li-as todinhas. ainda me lembro da ansiedade boa com que aguardava o meu pai no dia em que saíam.
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