domingo, 22 de abril de 2007
ROMÂNTICA
Rasgaram as névoas
Que há pouco embrulhavam
As margens lendárias do rio Mondego;
As águas acordam
E ficam pasmadas
Reflectindo o azul da manhã radiante...
Sinto-me tão perto de tudo que é triste
Que os meus olhos sofrem
Com esta alegria - talvez provocante.
Coimbra, serena, mostra o seu contorno
Airosa e gentil - como fascinada
Na luz que é mais viva, difusa, doirada...
Tudo nela canta no alto silêncio
Das coisas divinas que falam do amor;
- Aqui, uma folha que tombou na aragem,
Mais além, uma flor...
Altiva -
Guarda na história dos tempos
A lembrança diluída
Dos seus romances guerreiros
Mesclados de sonho.
E a paisagem nua
Mais lúcida e bela,
Recortada e linda
Nesta claridade... - o dia floresce,
Aumenta - e as águas,
Translúcidas, verdes
- São verdes agora!
Ganham movimento,
Têm vibração,
Murmuram,
E passam
- Como aquela voz que encheu de saudade
O meu coração
António Botto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Além de uns belíssimos versos...não menos bela é a companhia: a sempre eterna COIMBRA!!
Muito bonito!
Belíssimo!
Beijos
PS: Aquela foto tem 2 meses, foi quando estava pior...
Parei aqui por acaso! Bonitas palavras, bonita foto e a música!!!!! Faz regressar ao passado! Musicas que marcaram uma geração!
Mais um belo poema, acompanhado de uma belíssima foto desta cidade terna e mágica. Jokitas.
Belíssimo este poema do António Boto!
E claro! Acompanhado de bela foto.
Um abraço
PS:já falaste com a citizen Mary sobre o encontro? Se não falaste, fala com ela ok
Querido amigo
tanto tiempo sin visitarte, por mil cosas
hermosos versos como siempre y la imagen bella
te dejo muchos cariños y una linda semana
besitos y cuidate
besos y sueños
Linda a imagem, encantadora e musa de inspiração
Postar um comentário