quinta-feira, 26 de junho de 2008

RIOS


Rios há que em vez de correrem para a foz, correm
para a nascente. Sentindo-se acossados, dissimulam-se
sob a mais densa folhagem.

Quem alguma vez neles se banhou, ficou deveras impres-
sionado com a volúpia das suas águas e os pequenos
redemoinhos.

Temos que os proteger dos outros rios mais poderosos
e arrogantes. Sob pena de um dia morrermos afogados
nas nossas próprias águas.


O GUARDA RIOS

É Tão difícil guardar um rio
quando ele corre
dentro de nós

Textos de Jorge Sousa Braga

In "O Poeta Nu" (1999)


Imagens dos dois rios correm dentro de mim: O Douro e o Tejo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Muitíssimo bem visto! Abraço!

wind disse...

Belo post:)
Beijos

Ana Mandillo disse...

Não se guarda, deixa-se correr....

beijo

Menina do Rio disse...

Impossivel guardar um rio, pois está sempre a correr...
Obrigada pelo carinho da tua visita!

Um beijo

Zé Povinho disse...

Isto tem cheiro a férias, o que me dá alguma inveja, mas lá chegarei.
Agora vou mas é para a mesa que as sardinhas estão quase prontas e a salada temperada.
Abraço do Zé

Anônimo disse...

muitas vezes o que guarda não faz mais do que contemplar o guardado;
(este bairro é uma maravilhamento e uma surpresa constante!!!!)