sexta-feira, 20 de junho de 2008

O TRATADO

Mesmo que este tratado fosse muito bom, não se pode aprovar uma Europa sem ouvir os europeus. O povo irlandês foi o único chamado a pronunciar-se e disse NÃO!
Como seria nos outros países se houvesse referendo? Vai mal a democracia quando os políticos têm medo de ouvir o povo.


Eu sei que a guerra contra este tratado está perdida logo à partida, ainda assim ergo bem alto a minha Guiness para um brinde ao povo irlandês.

Cartoons descaradamente roubados ao Guardião e Zé Povinho.

13 comentários:

João Roque disse...

Não estou totalmente de acordo; embora um referendo seja o mais democrático dos actos políticos, ninguém forçou a Irlanda a adeir à UE e foi este um dos países que mais se desenvolveu com a sua adesão; mal ou bem, a decisão de se aprovar o Tratado de Lisboa, foi fruto de um trabalho árduo que agora é posto em causa por uma quase minoria da população irlandesa; se não se sentem bem, que saiam, não é só colher frutos.
Este Tratado é eminentemente político e servirá de base a uma Constituição europeia; se fosse referendado, a maioria das populações ou não saberia o que dizer ou estaria à mercê de minorias políticas ferozmente anti-europeias, como se verificou na Irlanda.

Ana Mandillo disse...

Democracia? Palavra, dúbia!
Quando, o povo for instruído a ponto de votar, em total consciência, eu acreditarei em democracia....
Assim não!
Mas continua- se a manter o povo ignorante para o poder manipular!!!???

Até quando?????
Doi!
Mas um dia talvez....

papagueno disse...

Pinguim: Pondo de lado os anti-europeistas, eu pergunto como simples cidadão: Será que este tratado interessa aos europeus ou estará apenas feito à medida das politicas económicas ultra-liberais do Cherne, do Sócrates, daquele senhor que namora com uma cantora ou da Sra Merkel?
A alteração da semana de trabalho para 65 horas e as novas leis sobre a imigração não prenunciam nada de bom.
Um abraço e obrigado pelo teu comentário que é sempre bem vindo mesmo não estando de acordo.

papagueno disse...

Mandillo: Eu acredito sempre na democracia. No tempo da outra senhora não havia grande interesse que o povo fosse instruido ou informado pois seria sempre perigoso. Será que o total fracasso das políticas de ensino depois do 25 de Abril terá alguma coisa a ver com isto?
Beijos

Ana Mandillo disse...

No tempo da outra senhora, havia um total interesse em manter o povo, completamente ignorante!!!
O total fracasso das politicas pós 25 de Abril na educação, não podia ter acontecido.
Mas, Papagueno, afinal, só existe uma única razão, muito pragmática para o povo por ex, ainda não votar com a consciência necessária. E essa razão é que economicamente, não interessa ter um povo esclarecido!
Fui Monitora de um Serviço Educativo de um Museu em Cascais, treze anos, sob a alçada da Cultura/ Educação.................
Chegaram a dizer-me que estava proíbida de inventar mais alguma acção........
Pura e simplesmente, não queriam, que eu, Educasse!!! E como pessoa activa no desenvolvimento da população que eu abrangia, que era vasta, tornei-me um perigo.....
Estamos no Século 21!!!!???
Democracia???????!!!!!!
E outro exemplo e bem a propósito de novo de referendos. Em Portugal, o referendo sobre o aborto, mesmo que á segunda tenha passado, foi sempre mal entendido. Porquê????
Porque o povo não percebeu nada, porque o Governo não fez as diligências necessárias para que isso acontecesse......
E lá foram votar, uma minoria de pessoas, até esclarecidas e o resto....
Enfim, complicado.
A Educação é a base de um povo, disto é que eu tenho a certeza!
Do resto, a Economia dita!

Ana Mandillo disse...

Desculpa a falta de poesia, e a frontalidade, mas este tema mexe tanto comigo, que fico logo em pé de guerra. São os meus 75% de sangue Italiano a bulir.

Um beijo

wind disse...

Acho que cá deveria haver um referendo.
Beijos

papagueno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
papagueno disse...

Wind: A razão do meu protesto é só essa, o tratado deveria ter sido referendado.
Beijos

papagueno disse...

Mandillo força, deixa esse sangue latino ferver!

Quanto ao aborto o referendo foi um frete do governo de Sócrates, visto que foi a única promessa eleitoral que ele cumpriu. Para isso já não viu necessidade de aprovar a lei no parlamento. O aborto lá seguiu muito discretamente para não irritar muito a Igreja Católica que ainda tem demasiado peso nas instituições.
Já agora não precisas de me explicar como funcionam os serviços educativos nos museus e monumentos pois conheço bem essa realidade e é exactamente como tu dizes.
Beijos

Ana Mandillo disse...

Agradecida, por me entenderes....
Já agora, gostava de saber, onde andáste tu, para conheceres tão bem, a politica dos Serviços Educativos de Museus?
Estou curiosa!

Beijo latino!

Sérgio Pontes disse...

Eu tambem ergo o meu Pint de Guiness para o Não da Irlanda!

papagueno disse...

Sérgio Pontes: Brindemos então!
Obrigado pela visita. Um abraço.