Manuel Rocha, Brigada Victor Jara
É sempre com muito cansaço e alguma nostalgia que saio da Festa do Avante. Cansaço por três dias de festa sempre muito intensos, nostalgia porque o fim da festa marca também o fim do verão e a partir daqui é pensar em trabalho e nas loucuras para o próximo ano.
Este ano foi interessante a idéia de marcar um encontro de bloguistas na Festa. Foi bom conhecer algumas caras que estão por trás das palavras que lemos, o problema é que no ambiente do Avante, no meio de tanta gente estas iniciativas não são fáceis e aos poucos o grupo foi-se dispersando na multidão. Uma palavra para a Maçã de Junho, a autora da iniciativa.
Como sempre, um dos meus pousos preferidos é a Área Internacional. Gosto de vaguear por lá e experimentar as bebidas tradicionais dos vários países. Desde o Vino Pisco do Chile ao Limoncello italiano passando pelo Grogue de Cabo Verde. Quanto à comida sempre dá para matar saudades da cozinha africana. No meu caso, por motivos afectivos, é a comida angolana que mais me atrai e este ano a moamba nem estava nada mal. Quando se cozinha para muita gente nunca há tempo para grandes caprichos.
O outro lado bom da festa é o convívio. Tivémos a oportunidade de conversar com gente de várias regiões de Espanha, do Chile e até com um timorense que mal conseguíamos compreender.
Os portugueses trouxeram o chá do oriente e foi mesmo uma raínha portuguesa, que na corte de CarlosII introduziu o chá em Inglaterra. Para nós um chá não passa de um saquinho de ervas que se mete num bule com água a ferver. Para o povo do Sahara o chá faz parte da cultura e prepará-lo implica uma série de demorados rituais. Foi numa improvisada tenda que pela primeira vez vi como se prepara um chá de menta. Acreditem que não tem nada a ver com o meter um saquinho em água a ferver.
Fotos: Papagueno
4 comentários:
Interessante:)
Beijos
Mais uma vez...excelente motivação, objectividade e emoção q.b.
Sempre que houver coisas que valham a pena ...podes servir de guia, papagueno!!!!!
Bjks
Gostei muito da crónica. Não fui, mas quase consegui ouvir as músicas de que falou.
Uma curiosidade: como se dança o "venham mais cinco"?
Querido Papagueno:
Para o ano há mais!!!! e de facto foi bom conversar com a malta que se esconde por traz das letras e foi pena no meio da confusão a malta ter dispersado! Fica a nota: para o ano marcamos um jantar na área internacional, mais calma e a comer ninguém arrasta pé heheh!
Viva a festa
beijo grande
Maçã
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