terça-feira, 1 de janeiro de 2008

TERRA



Ainda hoxe queda xente
que sabe sentir a terra
queda ainda quen comprende
canto pode aprender dela

Que non existe o silencio
todo está cheo de sons
canta o río, brúa o vento
todo fala ao teu redor

I é preciso que entendas
o que intues no interior
somos parte desta terra
porque terra somos nós

Somos coma o vento
que peitea a herba
gardando os segredos
dos confins da terra

Somos como as pedras
que o tempo moldea
envoltas nas neboas
dos confíns da terra

Somos coma o lume
que da luz nas tebras
i esperta as concencias
dos confins da terra

Luar Na Lubre
Tradicional / Bieito Romero
Letra: Raquel González Gamallo

20 comentários:

ANTONIO DELGADO disse...

antes de mais desejo-lhe um excelente 2008 e que este blog siga com a força e o vigor habitual. É de facto uma excelente postagem e na linha da minha. Mostrando igualmente tipos de vida muito genuinos. A Galiza, sobretudo aquela parte mais chegada a Portugal tem este problemas tal como tem toda a raia espanhola de Trás-os- Montes até ao Algarve. Só que em Espanha há programas da CE vocacionados para o desenvolvimento destas remotas paragens talvez nesta povoação não conheçam. No caso De alcobaça como no caso da Galiza e como não sou politico mas dói-me saber do potencial que estes resticios de vida muito característicos, tal como outros em vias de extinção, poderiam ter para um turismo ecológico baseado na natureza e no comércio de produtos naturais ou biológicos e muito em voga em países desenvolvidos. Um turismo que tem cada vez maior procura e peso na economia local de países desenvolvidos que souberam explorá-lo, para proteger modos de vida indefesos devido à globalização. Fizeram uma espécie de museus vivos sem alterar os modos de vida das populações melhorando-os bastante, transformando-os rentáveis sobre o ponto de vista económico. O conceito existe em França na Alemanha e Inglaterra, onde despontou há muitas décadas e em Espanha foi fortemente protegido pelo Filipe Gonzales como resultados excelentes e com grandes benefícios sociais para todos...em Alcobaça e nessa parte da Galiza pelos vistos ainda não chegaram...um forte fraterno abraço. com um 2008 cheio dos maiores exitos.
António

*Um Momento* disse...

Belo o poema e sim muito verdadeiro
Gostei:)))
Beijo imenso e sorridente:o)))

(*)

avelaneiraflorida disse...

Este Bairro tá "novo"!!!!!!!

e começa logo muito bem!!!!Lindo!!!!

Amigo Papagueno...pois que os novos dias sejam sempre a "abrir"!!!!!!
Bjkas!!!!

Anônimo disse...

Começas muito bem e vou-te roubar o post todo, porque desconhecia e adorei:)
Beijos
gitas

Anônimo disse...

Ano Novo, paisagem nova.

É bom que nos recordem que somos terra, rio, rocha, erva...

Feliz Ano para o Bairro e para o seu cuidador.

Isamar disse...

Que o Ano Novo seja de paz. Que a alegria, o amor, a amizade, a saúde te acompanhem sempre.

Beijinhosssss

Anônimo disse...

Mais um belo poema, espero que nos continues a brindar com o teu bom gosto...

João Roque disse...

Parabéns pelo novo "visual", do blog e teu, que se torna siim muito personalizado.
Quanto ao post é uma excelente escolha para começar o ano, ligar-nos às raízes e atrevo-me a lançar um repto ao tão conhecido apego de Saramago ao Iberismo; não seria natural o o "prolongamento" de Porugal a norte, englobando uma Galiza que tanto tem a ver connosco, quer geográficamente, quer na língua e cultura?
Abraço.

Fátima disse...

Olá amigo,
Belo visual. Gosto muito!
Quanto ao post fantástico!

:-) Beijo com ternura

Lucidez a.k.a Teapot disse...

Com os sons do silêncio e o riso da Natureza, um Ano Feliz :)

Gi disse...

Que bela maneira de começar o ano com este quase hino à terra, este silêncio sonoro dos elementos da natureza. O meu "silêncio" preferido.

Beijo Papagueno. Bom Ano.

beijinhos

Gi

Miguel disse...

Gostei dos sons galegos ...!

Um Abraço da M&M & Cª!

Mário Margaride disse...

Amigo papagueno,

Muito lindo este poema!

Um bom ano de 2008 com tudo de bom!

Um abraço

Anônimo disse...

Feliz ano Novo Amigo
Um abraço

Zé Povinho disse...

Somos parte desta terra... sim, enquanto ela não for destruida por quem procura apenas o lucro rápido e se está nas tintas para a natureza. Hoje estão aqui, e exploram até ao sabugo, amanhã e esgotados os 'incentivos' partem para outras paragens deixando as asneiras para trás das costas sem nunca se rem por elas responsabilizados.

Alma Nova ® disse...

Na vida simples, ligada à terra e à sua beleza, estão as raízes do Ser Humano.
Obrigado por mais este belo poema.

BF disse...

Mas por aqui, neste Portugal , há cada vez menos gente que sabe sentir a terra... e o resultado são aldeias completamente desertas em que até as pedras morrem aos poucos.

Beijinhos e Bom ano de 2008 para ti Papagueno.
BF

*Um Momento* disse...

E aqui passei para te desejar um bom fim de semana

(*)

Maria Faia disse...

Olá Papagueno,

Adorei o poema.
Sentir a terra e com ela comungar é dom de vida, de generosidade e sabedoria.
Infelizmente, nos dias que vão correndo, muitos esquecem parte significativa da sua existência, designadamente a terra, os costumes ou tradições. Será chique?!...
Aproveito para te dizer que o novo visual do blog está uma delícia...

Um beijo amigo e votos de um Ano muito feliz

Maria Faia

Gasolina disse...

Poema com cheiro de terra. Forte. Sentido.

Deixo um beijo.

PS.: Gostava mais da "cara" do Bairro que antes cá tinhas...