Envolve-me amorosamente
Na cadeia de teus braços
Como naquela tardinha...
Não tardes, amor ausente;
Tem pena da minha mágoa,
Vida minha!
Vai a penumbra desabrochando
Na alcova
Aonde estou aguardando
A tua vinda...
Não tardes, amor ausente!
Anoitece. O dia finda...
E as rosas desfalecendo
Vão caindo e murmurando:
- Queremos que Ele nos pise!
Mas, quando vem Ele, quando?...
António Botto
Canções, 1921
4 comentários:
poema bonito!!! Tens bom gosto...
www.rochasuave.blogs.sapo.pt
belo poema. parabéns
Belo poema...papagueno.
Abraço
boa escolha:)
bjs
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