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sábado, 28 de junho de 2008

NOITE DE S. PEDRO

Crucificação de S. Pedro (1600-01)
Caravaggio (1571-1610)

Finalmente chegou a hora do santo cá da terra. Os festejos não são tão espectaculares como o Santo António ou o S. João mas nunca deixa de ser uma noite de grande alegria.

S. Pedro (1618)
Peter Paul Rubens (1577-1640)


Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

Pedro é considerado o "príncipe dos apóstolos" e o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe reconhecido ainda o título de primeiro Papa (um tanto anacronicamente, posto que tal designação só começaria a ser usada cerca de dois séculos mais tarde – Pedro foi o primeiro Bispo de Roma); essa circunstância é importante, pois daí se tira a primazia do Papa sobre toda a Igreja.


As Lágrimas de S. Pedro (1600)
El Greco (1541-1614)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

MARAVILHAS BARROCAS

O Martírio de S. Sebastião
Guido Reni(1575-1642)

Olhos negros, que da alma sois senhores
Duvido com razão desse atributo,
Que é muito, que quem mata, traga o luto,
E é muito ver na noite resplendores:

Se de negros, meus olhos, tendes cores,
Como as almas vos dão hoje tributo.
Quem viu que os negros com rigor astuto
Os brancos prenda com grilhões traidores.

Mas ah, que foi discreta providência
O fazê-lo da cor da minha sorte,
Por não sentir rigor tão desabrido.

Para que veja assim toda a prudência
Que foi prodígio grande, e pasmo forte,
Em duas noites ver o Sol partido.

Francisco de Vasconcelos (1655-1723)

A incredibilidade de S. Tomé(1601-1602)
Caravaggio(1571-1610)

O Triunfo de Baco, Los Borrachos 1629
Diego Velasquez (1599 - 1660)

S. Sebastião assistido por Irene(1628)
Jusepe de Ribera(1591-1652)


O Rapto de Europa(1628-1629)
Peter Paul Rubens(1577-1640)


Serei eu alguma hora tão ditoso,
Que os cabelos, que amor laços fazia,
Por prémio de o esperar, veja algum dia
Soltos ao brando vento buliçoso?

Verei os olhos, donde o sol formoso
As portas da manhã mais cedo abria,
Mas, em chegando a vê-los, se partia
ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso?

Verei a limpa testa, a quem a Aurora
Graça sempre pediu? E os brancos dentes,
Por quem trocara as pérolas que chora?

Mas que espero de ver dias contentes,
Se para se pagar de gosto uma hora,
Não bastam mil idades diferentes?

D. Francisco Manuel de Melo(1608-1666)


Jovem mendigo(1650)
Bartolomé Murillo(1618-1682)


Fuga para o Egipto(1609)
Adam Elsheimer(1578-1610)

Venus Assistida Pelas Suas Ninfas e Cupidos(1633)
Francesco Albani(1578-1660)


Coração, olha o que queres:
Que mulheres, são mulheres...

Tão tirana e desigual
Sustenta sempre a vontade,
Que a quem lhes quer de verdade
Confessam que querem mal;
se Amor para elas não val,
Coração, olha o que queres:
Que mulheres, são mulheres...

Se algumas tem afeição
Há-de ser a quem lha nega,
Porque nenhuma se entrega
Fora desta condição;
Não lhe queiras, coração,
E, senão, olha o que queres:
Que mulheres, são mulheres...

São tais, que é melhor partido
Para obrigá-las e tê-las,
Ir sempre fugindo delas,
Que andar por elas perdido;
E pois o tens conhecido,
Coração, que mais lhe queres?
Que, em fim, todas as mulheres!

Francisco Rodrigues Lobo (1579-1621)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

ECO E NARCISO

Nicolas Poussin
Eco e Narciso, c.1627/28. Óleo sobre tela.
Louvre, Paris, France

«As cores na pintura são lisonjas que se destinam a seduzir os olhos, como na poesia a beleza de um verso é uma sedução para os ouvidos.»
Nicolas Poussin (1594-1665)