Por falar em Natal e televisão, esta é uma daquelas alturas consumistas do ano, em que a TV nos massacra com anúncios de brinquedos e de perfumes. Grande parte dos anúncios são mesmo de fugir, no entanto de vez em quando há alguns que valem mesmo a pena.
Selecionei então alguns anúncios de perfumes que encontrei no You Tube e achei interessantes.
Eu não sou garande adepto do consumismo exagerado, no entanto aproveito para lembrar que estamos na época natalícia, e que estou quase a fazer anos e já estou farto da peúguita da praxe.
Este é o mais lindo de todos, com o delícioso "Good Friday" de Coco Rosie. Aliás os anúncios da Kenzo, no conjunto, são de longe os melhores.
Este só pela música já merecia estar aqui.
Começa com os Pixies e prossegue com alguns clássicos do cinema.
Simplesmente fabuloso!
"Obsession" o anúncio polémico com Eva Mendes.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
NATAL À BEIRA-RIO

É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão-Ferreira
Fotografia: Olhares
Enviado por uma amiga
Desculpem não vos saudar pessoalmente nos vossos cantinhos, mas deixo aqui os meus desejos de
Enviado por uma amiga
Desculpem não vos saudar pessoalmente nos vossos cantinhos, mas deixo aqui os meus desejos de
FELIZ NATAL PARA TODOS
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
AINDA BEM QUE O NATAL ACABOU

Ainda bem que o natal acabou
logo que soaram as doze
descolei os lábios da mesa
vomitei as doçarias todas
para cima das notícias
que anunciavam a morte
algures onde o natal
é regado com sangue
e as rolhas das garrafas
são tiros cegos e certeiros
matam velhos e crianças
em Natal ou em Belém
para o ano haverá mais
se a dor aguentar até lá
nós aqui e eles no inferno
uma data é uma data
e é preciso comemorá-la
com sangue e com lágrimas
um dia os meus lábios
ficarão para sempre
agarrados à toalha de linho.
Carlos Alberto Machado
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domingo, 23 de dezembro de 2007
FELIZ NATAL

A Quadratura do Circo
Crónica de um Natal impossível
Por Pedro Barroso
HOJE NÃO ME APETECE Natal.
Não acredito na bondade por decreto.
Não me deslumbro com as luzes e os sinos tocando aleluias de alegria.
Acho tudo isso uma treta de consumo. E, num país sem dinheiro, nem o consumo pode circular no excesso destemperado da saison.
Porque não havendo um, não pode existir o outro.
E o povo, sem poder de compra, assiste ao sonho compensatório e impraticável de quebrar fronteiras em Schengens distantes.
E compra castanhas assadas em discutido embrulhamento, nas tais controversas folhas da lista amarela, como tradição.
É pouca e controlada felicidade. Farinhenta vida, a do adorador de sonhos.
Fraca alegria para a capital da Europa, ao que parece, supostamente passando por aqui. Tratados de Lisboa. Êxitos imensos. Glória in excelsis.
Pois. É pena. Porque só não temos é dinheiro para cantar.
Este é, seguramente, dos Natais mais pobres de sempre dos últimos anos para o Povo português. Com salários a diminuírem, pensões insignificantes, ajuda nos medicamentos a baixar, prestações das casas a subir desenfreadamente todos os meses, desemprego alarmante.
E contudo estamos de parabéns. Brilhantes acordos Europeus. Bravo.
Podemos circular de Tallin a Lisboa, sem parar em nenhuma fronteira. Schengen alargou. Quase deixou de ser necessário o velho passaporte. Meu querido companheiro de viagem, meu cúmplice de fugas e secretos desvios de percurso, meu medidor de mim, numa juventude que foi – a medo, mas foi – viajante e transgressiva.
Hoje podemos celebrar Natais – para quem neles acredite – com Pais do dito cujo vindos directamente da Noruega sem passaporte. Renas incluídas, se estiverem vacinadas, supõe-se. ASAE oblige. Um escândalo.
Não me vejo aqui. Amigos, acreditem: - não sei onde pertenço.
O facto é que, contudo, também não me vejo em mais parte alguma. Com efeito, a praia tropical, sinceramente - que alguns amigos praticam como fuga compulsiva a uma época de convívio familiar por obrigação - também não me seduz por aí além.
Dezembro é bonito com neve e frio. Com lareira e aconchego. Sou europeu daqui, deste lado do tempo e do mar. Desta gente marinheira e montanheira. Deste cheiro a sardinha assada no Verão. Dos cavalos lusitanos. Do bacalhau com grão. Da paixão de Florbela e da angústia existencial de Vergilio. O Ferreira, claro, meu querido professor.
Queime-se, pois, a cavaca e o chambaril. Demos as mãos na noite de angústia e saboreemos a nossa pequenez contente. Misturemos leite e farinha e façamos os coscorões da ilusão. Cortemos no açúcar, que está caro. E troquemos de pequenas prendas com um sorriso quase conformado.
E disfarcemos a tristeza.
Eu não devia escrever isto. Porque é suposto estar alegre.
Mas andam-me a roubar, aos poucos, um outro País maior. Onde foi palavra, e gesto, e esperança e teve significado o verbo acreditar.
Como sobreviver, pois, ao Natal de Sócrates, após estes anos de deslize em perda do poder de compra, sob o mais hipócrita sorriso de alegrias marginais de foro europeu, que nos aportam nada?
Que me interessa que me ofereçam viagem sem fronteiras até à Estónia, se o povo tem de contar os tostões para ir visitar a velhota que está lá, no frio, afinal aqui tão perto? Numa lareira acesa, sozinha, algures, numa qualquer casa perdida, lá para a Guarda, Arganil, Bragança, Mértola, Mação, Melgaço?
E quantas vezes é um telefonema meigamente mentiroso que vai ter de disfarçar a mágoa secreta da impotência?
Ah! Meu velho passaporte de partir!... Vou passar a consoada dos outros, ricos e pobres, contigo no meu peito.
Leva-me longe daqui e que eu não volte.
Ou volte sempre, que o meu viajar é eterno em tuas mãos. E eu amo-te tanto como a vida que não tenho, o sonho inacabado do Império adiado e adormecido de coisas superiores que habita em mim.
E dá-me os longes todos que encontrares, que eu vou gostar.
E não preciso de aviões, nem renas, nem Schengens abertos para circular no sonho. Nem no Mundo.
Mas noutro. Feito de homens melhores, e duma total e absoluta felicidade.
Que este fede. E assim não há poema.
Quanto mais Natal.
Roubado ao Sorumbático
Crónica de um Natal impossível
Por Pedro Barroso
HOJE NÃO ME APETECE Natal.
Não acredito na bondade por decreto.
Não me deslumbro com as luzes e os sinos tocando aleluias de alegria.
Acho tudo isso uma treta de consumo. E, num país sem dinheiro, nem o consumo pode circular no excesso destemperado da saison.
Porque não havendo um, não pode existir o outro.
E o povo, sem poder de compra, assiste ao sonho compensatório e impraticável de quebrar fronteiras em Schengens distantes.
E compra castanhas assadas em discutido embrulhamento, nas tais controversas folhas da lista amarela, como tradição.
É pouca e controlada felicidade. Farinhenta vida, a do adorador de sonhos.
Fraca alegria para a capital da Europa, ao que parece, supostamente passando por aqui. Tratados de Lisboa. Êxitos imensos. Glória in excelsis.
Pois. É pena. Porque só não temos é dinheiro para cantar.
Este é, seguramente, dos Natais mais pobres de sempre dos últimos anos para o Povo português. Com salários a diminuírem, pensões insignificantes, ajuda nos medicamentos a baixar, prestações das casas a subir desenfreadamente todos os meses, desemprego alarmante.
E contudo estamos de parabéns. Brilhantes acordos Europeus. Bravo.
Podemos circular de Tallin a Lisboa, sem parar em nenhuma fronteira. Schengen alargou. Quase deixou de ser necessário o velho passaporte. Meu querido companheiro de viagem, meu cúmplice de fugas e secretos desvios de percurso, meu medidor de mim, numa juventude que foi – a medo, mas foi – viajante e transgressiva.
Hoje podemos celebrar Natais – para quem neles acredite – com Pais do dito cujo vindos directamente da Noruega sem passaporte. Renas incluídas, se estiverem vacinadas, supõe-se. ASAE oblige. Um escândalo.
Não me vejo aqui. Amigos, acreditem: - não sei onde pertenço.
O facto é que, contudo, também não me vejo em mais parte alguma. Com efeito, a praia tropical, sinceramente - que alguns amigos praticam como fuga compulsiva a uma época de convívio familiar por obrigação - também não me seduz por aí além.
Dezembro é bonito com neve e frio. Com lareira e aconchego. Sou europeu daqui, deste lado do tempo e do mar. Desta gente marinheira e montanheira. Deste cheiro a sardinha assada no Verão. Dos cavalos lusitanos. Do bacalhau com grão. Da paixão de Florbela e da angústia existencial de Vergilio. O Ferreira, claro, meu querido professor.
Queime-se, pois, a cavaca e o chambaril. Demos as mãos na noite de angústia e saboreemos a nossa pequenez contente. Misturemos leite e farinha e façamos os coscorões da ilusão. Cortemos no açúcar, que está caro. E troquemos de pequenas prendas com um sorriso quase conformado.
E disfarcemos a tristeza.
Eu não devia escrever isto. Porque é suposto estar alegre.
Mas andam-me a roubar, aos poucos, um outro País maior. Onde foi palavra, e gesto, e esperança e teve significado o verbo acreditar.
Como sobreviver, pois, ao Natal de Sócrates, após estes anos de deslize em perda do poder de compra, sob o mais hipócrita sorriso de alegrias marginais de foro europeu, que nos aportam nada?
Que me interessa que me ofereçam viagem sem fronteiras até à Estónia, se o povo tem de contar os tostões para ir visitar a velhota que está lá, no frio, afinal aqui tão perto? Numa lareira acesa, sozinha, algures, numa qualquer casa perdida, lá para a Guarda, Arganil, Bragança, Mértola, Mação, Melgaço?
E quantas vezes é um telefonema meigamente mentiroso que vai ter de disfarçar a mágoa secreta da impotência?
Ah! Meu velho passaporte de partir!... Vou passar a consoada dos outros, ricos e pobres, contigo no meu peito.
Leva-me longe daqui e que eu não volte.
Ou volte sempre, que o meu viajar é eterno em tuas mãos. E eu amo-te tanto como a vida que não tenho, o sonho inacabado do Império adiado e adormecido de coisas superiores que habita em mim.
E dá-me os longes todos que encontrares, que eu vou gostar.
E não preciso de aviões, nem renas, nem Schengens abertos para circular no sonho. Nem no Mundo.
Mas noutro. Feito de homens melhores, e duma total e absoluta felicidade.
Que este fede. E assim não há poema.
Quanto mais Natal.
Roubado ao Sorumbático
Imagem: We Have Kaos in the Garden
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
RUDOLPH THE RED-NOSED REINDEER
Tenho andado para aqui às voltas com este vídeo, já nem me lembro onde o vi.
Foi um recente post da minha amiga Citizen Mary que me convenceu a partilhá-lo por aqui.
Esta é a história do Rudolph, uma simpática rena que tinha um nariz vermelho muito brilhante. As outras deixavam sempre o pobre Rudolph de parte só por ser diferente.
Um dia apareceu o Pai Natal e escolheu o nosso amigo como guia do seu trenó.
Finalmente, Rudolph, virou herói entre as renas.
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