«Não sei», gritei eu sem ser ouvido por ninguém «Não sei».
Se ninguém vier, olha... não fiz mal a ninguém, ninguém me fez mal a mim, mas também ninguém me vem ajudar. Um bando de gente nenhuma. Bem, não é verdade. Só que ninguém me vem ajudar - um bando de gente nenhuma, por outro lado era óptimo. Adorava ir num passeio de gente nenhuma - e porque não? Num passeio às montanhas, como é óbvio. Olha a gente nenhuma a acotovelar-se, com os braços levantados, os seus muitos pés caminhando juntos! E vestidos a rigor, pois então! Lá seguimos alegremente, enquanto o vento vai soprando em volta e por entre as frestas que os nossos corpos desenham. As nossas gargantas exultam! Nem sei como não começamos a cantar!»
Franz Kafka
"Contos"
Imagem: Postais.net
Se ninguém vier, olha... não fiz mal a ninguém, ninguém me fez mal a mim, mas também ninguém me vem ajudar. Um bando de gente nenhuma. Bem, não é verdade. Só que ninguém me vem ajudar - um bando de gente nenhuma, por outro lado era óptimo. Adorava ir num passeio de gente nenhuma - e porque não? Num passeio às montanhas, como é óbvio. Olha a gente nenhuma a acotovelar-se, com os braços levantados, os seus muitos pés caminhando juntos! E vestidos a rigor, pois então! Lá seguimos alegremente, enquanto o vento vai soprando em volta e por entre as frestas que os nossos corpos desenham. As nossas gargantas exultam! Nem sei como não começamos a cantar!»
Franz Kafka
"Contos"
Imagem: Postais.net
6 comentários:
Excelente extrato.
Beijos
Não são poucas as vezes que caminhamos por entre bandos de gente nenhuma!
Aquele abraço infernal!
Faço minhas as palavras ali do Belzebu! Abraço! Bom fim-de-semana!
OLHA, Olha!!!!
Não vamos às montanhas...mas vamos em excursão!!!!
Depois dou notícias!!!!
Bjkas, Amigo Papagueno!
Confesso que não sou um grande apreciador deste tipo de prosa - é demasiado frio e seco para o meu
gosto.
Abraço.
Sem grandes complicações, antes só que mal acompanhado. Hoje desliguei o complicómetro, é domingo!
Abraço do Zé
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