Amei. E quem é que não amou?
Dei-me a todos os prazeres;
Quem é que ao prazer se nega?
- Sim, jamais um prazer se rejeitou!
Mas, acabei.
Depois da juventude
Vem a idade madura,
- Tudo nos sabe a derrota.
Meus cabelos foram loiros
Como aqueles - de entre tantos que beijei,
Como aqueles que eu prefriro!
Nem a vida me conhece.
Cantei. Agora, suspiro.
António Botto
"As Canções"
Imagens: Maria José Amorim,
Olhares.com
7 comentários:
Belo poema de Botto que relata a realidade do envelhecimento.
Beijos
O António foi para o Brasil e aí morreu.
Tem poemas muito interessantes como aquele:
(...)
mas um homem como tu
lavadinho
e todo nu
não desgosto
até gosto.
(...)
Um abraço
O António Botto, já o disse várias vezes, foi o grande poeta maldito português do século XX; o poema falado no comentário anterior é delicioso, na integra, mas de dificil "publicação" num blog...
Abraço.
António Botto é especial!!!!
a Imagem escolhida é excelente!!!!
Bjkas!!!
Um belo poema, sem dúvida, mas...
A vida não pára com o passar do tempo, pelo contrário ganha novos horizontes...
Mal de quem páre no tempo...esse que nos dá sempre mais tempo para amar!
Amar é uma necessidades do ser humano...
Só envelhece quem deixar de amar...
Bjs.
manhosalobavirtual.blog.terra.com.br
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